sexta-feira, 18 de março de 2011

Resumo do Livro O Guarani de José de Alencar adaptado para HQ

O livro O Guarani de José de Alencar adaptado para HQ por Luiz Gê ( roteirista e desenhos ) e Ivan Jaf ( adaptação e roteiro ), é um livro muito bom, conta a história de um índio chamado Peri um herióico índio brasileiro, e Ceci uma bela mulher.

No começo do século XVII, Portugal ainda era submisso politicamente da Espanha. D. Antônio de Mariz, fidalgo dos mais insignes da nobreza de Portugal, leva adiante no Brasil uma colonização dentro mais rigoroso espírito de obediência à sua pátria. Representa, com sua casa-forte, elevada na Serra dos Órgãos. Sua casa-forte acolhe com ingênua cordialidade, bandos de mercenários, homens sedentos de ouro e prata, como o aventureiro Loredano, ex-padre que assassinara um homem desarmado, a troco de um mapa das minas de prata. Dentro da casa de D. Antônio de Mariz, Loredano vai pacientemente pensando em seu plano de destruição de toda a família e dos agregados.
Em suas ideias, contudo, está o sequestro da bela Cecília, filha de D. Antônio, que é constantemente vigiada por um índio forte e corajoso, Peri, que em recompensa por tê-la salvo certa vez de um desabamento de pedras, recebeu a mais grandioza gratidão de D. Antônio e mesmo o afeto da moça, que o trata como a um irmão. A história começa com sua verdadeiramente com sua ação, logo após o incidente em que Diogo, filho de D. Antônio, mata uma indiazinha aimoré, durante uma caçada. Indignados, os aimorés procuram vingança: surpreendidos por Peri, enquanto espreitavam o banho de Ceci, para logo após assassiná-la, dois aimorés caem transpassados por certeiras flechas; o acontecimento é relatado à tribo aimoré por uma índia  presenciou o ocorrido e conseguiu fugir.
A luta que se irá acontecer não diminui a ambição de Loredano, que continua a tramar a destruição de todos os que não o apoiarem. A história ainda dois personagens importantes: Álvaro, jovem enamorado de Ceci que não retribuído nesse amor, senão numa fraterna simpatia; Aires Gomes, espécie de comandante de armas, leal escudeiro de D. Antônio. Durante todos os momentos da luta, Peri, vigilante, não descura dos passos de Loredano, frustrando todas suas tentativas de traição. Muito mais numerosos, os aimorés vão ganhando a luta passo a passo.
Num momento, dos mais heróicos por sinal, Peri, conhecendo que estavam quase perdidos, tenta uma solução tipicamente indígena: tomando veneno, pois sabe que os aimorés são antropófagos, desce a montanha e vai lutar sozinho contra os aimorés: sabe que, morrendo, seria sua carne devorada pelos antropófagos e aí estaria a salvação da casa de D. Antônio: eles morreriam, pois seu organismo já estaria de todo envenenado. Depois de encarniçada luta, onde morreram muitos inimigos, Peri é subjugado e, já sem forças, espera, armado, o sacrifício que lhe irão impingir. Álvaro (a esta altura namorado de Isabel, irmã adotiva de Cecília) consegue heroicamente salvar Peri. Peri volta e diz a Ceci que havia tomado veneno. Ante o desespero da moça com essa revelação, Peri volta à floresta em busca de um antídoto, espécie de erva que neutraliza o poder letal do veneno. De volta, traz Álvaro quase morto em combate com os aimorés.
Um dos momentos trágicos da narrativa: Isabel, inconformada com a desgraça ocorrida ao amado, suicida-se sobre seu corpo, usando veneno que mata ambos. Loredano continua agindo. Crendo-se completamente seguro, trama agora a morte de D. Antônio e parte para a ação. Quando menos supõe, é preso e condenado a morrer na fogueira, como traidor. O cerco dos selvagens é cada vez maior. Peri, a pedido do pai de Cecília, se faz cristão, única maneira possível para que D. Antônio concordasse, na fuga dos dois, os únicos que se poderiam salvar. Descendo por uma corda através do abismo, carregando Cecília entorpecida pelo vinho que o pai lhe dera para que dormisse, Peri, consegue afinal chegar ao rio. Numa frágil canoa, vai descendo rio abaixo, até que ouve o grande estampido provocado por D. Antônio, que, vendo entrarem os aimorés em sua fortaleza, ateia fogo aos barris de pólvora, destruindo índios e portugueses, assim resultando pela morte de todos os homens de D.Antônio.
Testemunhas únicas do ocorrido, Peri e Ceci caminham agora por uma natureza revolta em águas, enfrentando a fúria dos elementos da tempestade. Cecília acorda e Peri lhe relata o sucedido. Transtornada, a moça se vê sozinha no mundo. Prefere não mais voltar ao Rio de Janeiro, para onde iria morar com a tia. Prefere ficar com Peri, morando nas selvas. A tempestade faz as águas subirem muito. Por segurança, Peri sobe ao alto de uma palmeira, protegendo a moça. O romance termina com a palmeira perdendo-se no horizonte, não sem antes nos últimos momentos do romance, uma bela união amorosa, semente de onde brotaria mais tarde a raça brasileira...

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